Há
alturas em que as mãos queimam de vontade de te mandar uma mensagem, de agarrar
no telemóvel e te ligar, nem que seja simplesmente para ouvir a tua voz.
Há
alturas em que o peito aperta e falta-me o ar, de tantas saudades que sinto de
ti.
Mas
tantas vezes te mandei mensagens, liguei e te procurei, e a tua resposta foi
quase sempre a mesma: o teu silêncio, o teu desprezo e a ausência de atitudes
no lugar das palavras.
Tantas
vezes me disseste “gosto de ti”, que por breves instantes cheguei a acreditar.
Pena essa tua estranha forma de gostar, marcada pela ausência e distância.
Palavras
azedas foram ditas, olhares de desdém foram dados, atitudes de cortar o coração
foram tomadas … para quê ? para magoar quem se gosta ou diz que se gosta … A
arrogância da distância que só magoa, a teimosia de não de ir atrás quando a
vontade que existe, é de agarrar e não largar mais.
Há
alturas em que a vontade do coração, a vontade de ir contra mim mesma, quase
que vence a razão.
Obrigo-me
a deixar de te querer, a deixar de te gostar e principalmente, obrigo-me a uma
amnésia emocional, para me esquecer da tua pessoa.
Há alturas e, que tenho tantas
saudades tuas, pois és a minha borboleta, mas já não corro mais atrás de ti, se
eu tiver que ser teu jardim, tu virás cá poisar, sem pressões e por vontade
própria, porque as saudades te sufocaram, porque simplesmente, queres estar
aqui.
Há simplesmente alturas …
Autoria: Rossana Rebelo*
Autoria: Rossana Rebelo*
Sem comentários:
Enviar um comentário