segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ilusões

Há alturas em que as mãos queimam de vontade de te mandar uma mensagem, de agarrar no telemóvel e te ligar, nem que seja simplesmente para ouvir a tua voz.

Há alturas em que o peito aperta e falta-me o ar, de tantas saudades que sinto de ti.

Mas tantas vezes te mandei mensagens, liguei e te procurei, e a tua resposta foi quase sempre a mesma: o teu silêncio, o teu desprezo e a ausência de atitudes no lugar das palavras.

Tantas vezes me disseste “gosto de ti”, que por breves instantes cheguei a acreditar. Pena essa tua estranha forma de gostar, marcada pela ausência e distância.

Palavras azedas foram ditas, olhares de desdém foram dados, atitudes de cortar o coração foram tomadas … para quê ? para magoar quem se gosta ou diz que se gosta … A arrogância da distância que só magoa, a teimosia de não de ir atrás quando a vontade que existe, é de agarrar e não largar mais.

Há alturas em que a vontade do coração, a vontade de ir contra mim mesma, quase que vence a razão.

Obrigo-me a deixar de te querer, a deixar de te gostar e principalmente, obrigo-me a uma amnésia emocional, para me esquecer da tua pessoa.

Há alturas e, que tenho tantas saudades tuas, pois és a minha borboleta, mas já não corro mais atrás de ti, se eu tiver que ser teu jardim, tu virás cá poisar, sem pressões e por vontade própria, porque as saudades te sufocaram, porque simplesmente, queres estar aqui.


Há simplesmente alturas …


Autoria: Rossana Rebelo*

Sem comentários:

Enviar um comentário